do tetro a memoria ao laboratorio da historia
A obra foi publicada em 1976, no início do último golpe militar na Argentina.
A editora do livro, Siglo Veintiuno, foi fechada e seus donos exilados do país, por conseguinte o livro virou um mito e foi publicado em várias edições clandestinas. Destarte, a recepção inicial da obra foi fraca, uma vez que as salas de aula das principais universidades estavam vazias e muitos pesquisadores estavam enclausurados devido à repressão da ditadura militar.
A narrativa consiste em uma análise de fontes secundárias aliada ao método comparativo, cujo objetivo é abordar as cidades e as idéias em um espaço identitário expresso pelos estilos de vida e estrutura urbana em diferentes lugares da América Latina.
O autor defende a idéia de que as transformações econômicas estão associadas ao espaço, influenciando a mudança de idéias e estilos de vida.
Essa idéia central é eruditamente desenvolvida através de descrições recortadas em fontes impressas da época, como por exemplo, a literatura viajante, romances, jornais, entre outros.
* Graduandas em História pela UFOP.
HISTÓRIA SOCIAL Campinas – SP NO 13 249–252 2007
250 RESENHA
Sua análise também cita uma série de outros trabalhos acadêmicos, a exemplo de Oliveira Viana e Gilberto Freire, os quais ele denomina como os
“ideólogos das Oligarquias”. No entanto, o livro ressente de notas de roda-pé explicativas e de citações teóricas diretas, o que não compromete a leitura do mesmo e a compreensão de alguns termos dotados de significações específicas, tais como “classe senhorial”, “classe burguesa”, “barroco-burguês”, “sociedade híbrida”, “sociedade anômica”.
A expressão