Do lixo ao luxo
Valkiria atua como professora de pré-escola. É formada em Arte-educação com especialização em artes plásticas pela FATEA. Logo que concluiu o magistério em 1985, ingressou na carreira pública. Foi responsável pelo primeiro projeto piloto de recreação para as Creches Municipais (na época) junto a Secretária de Saúde e Promoção Social. Logo depois foi transferida para a Secretaria de Educação, onde seguiu com a carreira durante anos junto ao ensino da arte-educação para os alunos e em formação aos educadores da rede municipal de ensino. Valkiria coordenou a criação do Programa Ateliê de Arte, criado e implantado junto à rede de ensino em 1998, e participou de inúmeras atividades de formação em parceria com Museus, entre eles o MASP, a Pinacoteca, o MAM e tantos outros. Ela nos conta que começou a enxergar lixo como um material útil quando criou o Programa Ateliê de Artes. “Manter o Ateliê funcionando nem sempre era uma tarefa fácil, pois na época em que criamos o Programa, esbarrávamos na velha cultura de que artes era meramente definida como pintura de desenhos mimeografados junto aos alunos e encapar cadernos com um papel bem bonito junto aos professores. Um Programa assim, sem muito peso como disciplina, não podia funcionar a base de gastos. Aprendemos então a conduzir as atividades usando a reciclagem como material de base para tudo. Foi ai que me apaixonei.”
A Prefeitura fornecia o material básico: cola tesoura, tinta guache e pincel. O restante era improvisado com sucata e reaproveitamento de tudo que conseguissem transformar. “Quando mudaram a concepção e Artes foi reconhecida oficialmente como disciplina e área de