Do gatt à omc
Após a quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, os Estados Unidos assumiram uma postura protecionista, elevando suas tarifas aduaneiras, o que causou desvalorização de suas moedas, além de fazer com que seus parceiros de negócios adotassem restrições, gerando barreiras comerciais e redução do comércio externo, tudo isso, fez com que os Estados Unidos percebessem que apenas transações bilaterais não seriam suficientes para assegurar a cooperação em nível mundial, nem os mercados para seus produtos manufaturados. Então, os Estados Unidos passaram a liderar o apoio à liberalização multilateral do comércio, surgindo então, o Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT), que foi negociado e firmado em 1947, tendo sido escrito basicamente pelos Estados Unidos e a Inglaterra, propondo regras multilaterais de comércio internacional. O principal intuito do GATT foi a redução das barreiras comerciais e a garantia de negociações mais justas e sólidas entre as nações, além disso, seus fundadores acreditavam que a cooperação comercial aumentaria a interdependência entre países e reduziria os riscos de uma nova guerra mundial. Com o passar do tempo, a economia se globalizou, os fluxos de capitais cresceram e o comércio de serviços tornou-se muito importante para diversos países, porém as regras multilaterais continuavam restritas ao comércio de produtos. Então, países desenvolvidos passaram a defender a introdução de novos temas como serviços e propriedade intelectual e países em desenvolvimento apoiaram negociações em áreas como agricultura e têxtil, tudo isso, unido ao receio de que as guerras comerciais dos anos 30 se repetissem, ocasionou a rodada de negociações mais pretensiosa de todo o pós-guerra – a Rodada Uruguai. Todo esse processo fez com que surgisse a Organização Mundial do Comércio (OMC), a qual busca proporcionar uma maior liberalização do comércio de bens e serviços, além de dar espaço para temas como meio ambiente, investimentos, concorrência,