DO AMOR STENDHAL

DO AMOR STENDHAL
O AMOR
Há quatro amores diversos:
1° O amor-paixão, o amor da religiosa portuguesa, o de Heloisa por Alberto, o do capitão de Wesel, do soldado de centro,
2° O amor – gosto, reinante em paris ao redor de 1760; nós o encontramos nas memórias e romances dessa época, em autores como Crébillon, Lauzun, Duclos, Marmontel, Chamfort, Madame d´ Epinay, etc.
Um homem bem – nascido sabe de antemão todos os procedimentos que deve ter e encontrar nas diversas fases desse amor;
É verdade que, se extrairmos a vaidade desse pobre amor, resta muito pouco; uma vez privado de validade, ele vem a ser um convalescente fragilizado e mal pode se mover.
3° O amor físico.
4° O amor de vaidade.
A imensa maioria dos homens, sobretudo na frança, deseja e possui uma mulher da moda, como se tem um belo cavalo, menos lisonjeada, mais ou menos satisfeita, leva a nascerem os arroubos.
Desde que haja exaltação da alma, eles são fortes, e sua lembrança impulsiona; e nessa paixão, ao contrário da maioria das demais, a lembrança do que perdemos parece sempre superior ao que podemos esperar do futuro.
Algumas mulheres virtuosas e ternas quase não fazem idéia dos prazeres físicos; raramente se expuseram a eles, se assim pudermos falar, e mesmo então os arroubos do amor-paixão quase as fizeram esquecer os prazeres do corpo.
Todos os amores que podemos ver na terra nascem, vivem e morrem, ou elevam-se à imortalidade, segundo as mesmas leis.
O NASCIMENTO DO AMOR

Eis o que se passa n alma:
1° A admiração.
2° Falamo-nos: Que prazer dar-lhe beijos,recebê-los,etc.!
3° A esperança.
Mesmo entre as mulheres mais reservadas, o olhar enrubesce no momento da esperança; a paixão e tão forte , o prazer e tão vivo que se trai por meio de sinais marcantes.
4° O amor nasce.
Amar é ter prazer em ver, tocar, sentir através de todos os sentidos, e tão perto quando possível, um objetivo amável e que nos ama.
5° inicia –se a primeira cristalização.
Dá prazer adornar com mil perfeições uma mulher de