Divisão Celular
Música brasileira com origem no folclore do Pantanal de Mato Grosso. Considerada uma das mais lindas músicas do cancioneiro popular brasileiro, Cuitelinho (denominação regional para Beija-flor) conta, à maneira do povo, uma pequena história de saudade, que pode ser interpretada como a saudade de um soldado brasileiro que lutou na Guerra do Paraguai. A letra foi recolhida por Paulo Vanzolini durante uma pescaria1 , e interpretada por grandes nomes da música popular brasileira, como Nara Leão, Milton Nascimento, Renato Teixeira e os sertanejos Pena Branca e Xavantinho. Foi composta originalmente por volta de 1932 por Bento Costa.
CUITELINHO: história, música e emoção
[Julho/2008]
Muitas pessoas têm medo de envelhecer, eu não. Só não gosto de sentir dor no nervo ciático, mas também não faço exercício para dar uma mãozinha para ele agüentar os meus 50 anos. Muitas pessoas escondem as rugas eu não. Não tenho medo delas. Tenho tristeza sim, da minha demora em arrancar das gavetas os papéis amarelados com os meus escritos e colocá-los no ar. Demoro principalmente porque são textos infantis e criança é “coisa” séria. Porém, domingo fui ao show que o Renato Teixeira (super-maravilhoso) fez aqui em Londrina. Ele cantou a música “Cuitelinho” uma música de domínio público que o Paulo Vanzolini acrescentou uma estrofe nova (super-linda). Cheguei na beira do porto
Onde as onda se espaia
As garça dá meia volta
E senta na beira da praia
E o cuitelinho não gosta
Que o botão de rosa caia, ai, ai Ai quando eu vim da minha terra
Despedi da parentáia
Eu entrei no Mato Grosso
Dei em terras paraguaia
Lá tinha revolução
Enfrentei fortes batáia, ai, ai A tua saudade corta
Como aço de naváia
O coração fica aflito
Bate uma, a outra faia
E os óio se enche d'água
Que até a vista se atrapáia, ai... Eu vou pegar seu retratinho
E colocar numa medáia
Com seu vestidinho branco e um laço de cambraia