Diversos
Em minha própria experiência e na de outros tantos professores que conheço, percebo o quanto as falhas na formação didática influem em nossa prática docente e na aprendizagem de alunos como fator de sucesso ou de fracasso.
Através das notícias e dos dados referentes à educação, percebe-se que este não é um problema local ou regional, é também nacional. Como em outras profissões, alguns professores têm um dom nato para o ato de ensinar; mas a maioria precisa aprender como fazê-lo.
Se para poucos a didática deveria funcionar como um instrumento de aperfeiçoamento apenas; para a maioria, ela deveria exercer o papel preponderante de habilitar tecnicamente, capacitando para uma prática pedagógica eficiente, que resultasse em uma aprendizagem efetiva e de qualidade para o aluno.
Em geral, os cursos de licenciatura no Brasil trabalham a formação didática de forma insuficiente, de sorte que os professores terminam o seu curso até bem na sua área específica, mas despreparados para enfrentar os desafios extremamente complexos de uma sociedade que, cada vez mais, exige que a escola arque com a educação integral do aluno.
Em sua vida profissional, o professor passa a arrastar um fardo duro e aviltante de um sistema que exige dele tarefas hercúleas, pois se de um lado a carga diária de trabalho em sala de aula é bastante pesada e lhe suga todas as energias, por outro lado ele tem que cumprir uma carga burocrática enorme, baseada em pressupostos teóricos que lhe são alheios e para os quais o tempo não dá para buscar aprofundar-se, pois é totalmente preenchido com obrigações as imediatas do dia a dia. O resultado acaba sendo fraco e ruim.
Considere-se também que, ao lado dos métodos devem estar os meios (na conjuntura atual, muito aquém do que é necessário) para aplicá-los em ambientes que deveriam ser muito mais propícios; a modernidade quase não chegou às abarrotadas e