DIVERSOS
MAQUIAVEL, NICOLAU. O Príncipe. 2. ed. São Paulo: Jardim dos Livros, 2007, p. 72 – 79.
CORPO DO TEXTO
Para obter o poder, se faz necessário a existência de bons princípios para se moldar a estratégia de dominação e estes devem existir primordialmente na mente do príncipe responsável pela mesma. Esta estratégia de dominação consiste na escolha de estratégia de defesa e ataque que estes príncipes irão se utilizar para alcançar seus objetivos. No que se refere às estratégias de ataque são sempre necessários dois conceitos básicos e inseparáveis, são eles: As armas e as leis.
Quando nos referimos às armas, podem ser utilizados três tipos de dominação: A própria, a mercenária ou as auxiliares. Tanto a mercenária quanto a auxiliar simbolizam instabilidade e desestruturação de governo, pois quando se trata de fidelidade, a tropa mercenária oferece pouca confiabilidade tendo em vista que a mesma interessa-se pelo soldo a ser recebido e seus próprios interesses, além de estarem sujeitos a constantes conflitos internos, na hora de guerrear mercenários mostram-se fracos e tímidos e na hora de paz os mesmos mostram-se fonte de temor e desconfiança, estas tropas também são fontes de desconfiança quando almejando um interesse em comum unem-se em prol de erguer um, para que se utilizando de uma coragem invejável vá de encontro àquele que foi responsável por contrata-lo. Uma vitória estabelecida se utilizando desta defesa simbolizaria para o governo covardia e incapacidade.
CITAÇÃO DIRETA
P.73
“Digo, pois, que as armas com as quais um príncipe defende o seu Estado, ou são suas próprias ou são mercenárias, ou auxiliares ou mistas.’’
P.74
“Os capitães mercenários ou são homens excelentes, ou não: se forem, não podes confiar, porque sempre aspirarão à própria grandeza, abatendo a ti que és o seu patrão, ou oprimindo os outros contra a tua vontade; mas se não forem grandes chefes, certamente te levarão à ruína.’’
P.77
“Deveis, pois, saber como,