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RESUMO DO LIVRO: HABITAÇÃO E CIDADE

PARTE I
ASPECTOS DA HISTÓRIA DA HABILITAÇÃO E DAS CIDADES NO BRASIL:

O processo de Urbanização brasileiro se inicia mais decisivamente apenas no século XX. Em 1890, a população brasileira era de 14 milhões de pessoas, pouco mais que o total de habitantes que moram hoje na cidade de São Paulo. Já em 1991, um século mais tarde a população brasileira chegava a 146,9 milhões de habitantes, nos quais 75,5% eram urbanas. O Nordeste era a região mais urbanizada do país no século XVIII. A administração urbana era da competência do poder local. As Câmaras Municipais eram controladas principalmente pelos proprietários rurais que ocupavam os cargos de vereadores. Tinham direito a voto os “homens bons”. O que significava: de cor branca, proprietário de escravos e de terra residentes na cidade, de religião católica e que não se dedicassem a nenhum oficio manual. Os “homens bons” ou colonos eram representantes da Coroa e tinham, portanto influência sobre o destino das pessoas e das coisas. Havia uma perfeita articulação entre a família patriarcal, que funcionava como uma unidade econômica, e o Estado absolutista. Esses fatos marcaram fortemente a formação do poder local no Brasil ao longo dos séculos.
COLONIZAÇÃO INDÍGENA: A ação dos colonizadores indígenas, na América, foi marcada pela violência: a militar (através do uso de pólvora e das armas de fogo), a econômica (escravização, destruição das relações tribais) e a cultural (destruição das crenças, dos costumes, dos mitos e das tradições). Os jesuítas procuraram eliminar o hábito indígena da habitação coletiva por considerarem-na amoral e pecaminosa. As ocas foram substituídas por casas individuais e a organização circular/coletiva da taba foi substituída por um espaço organizado com hierarquia. Com a queda do açúcar e a ascensão da exploração d ouro, as cidades antes concentradas no litoral de São Paulo começaram a avançar para o