Diversos
A cozinha madeirense teve a sua origem no tempo da colonização da ilha (Cardoso, 1994: 12).
Os primeiros povoadores começaram, desde logo, a semear e a criar o gado, visto que, o clima era ameno e o solo produtivo, trazendo consigo os seus hábitos alimentares e costumes. Começaram por semear os cereais, depois o açúcar, seguindo-se o vinho (Cardoso: 12).
Os processos de cozinhar eram rudimentares, os comeres eram simples, elaborados com alimentos básicos, que o povo produzia. A gastronomia insular era resultado do nível de pobreza em que se encontrava a população. Contudo, ao povo, valia-lhe os dias de festa para modificar dieta tão pobre (Santos, 2005: 130). Com o avançar do tempo, os hábitos alimentares alteraram-se e a partir da metade do século XV, a cozinha madeirense foi enriquecida, com especiarias, tais como, pimentas, cominhos, noz-moscada, cravo, entre outras, trazidas do Oriente e que se difundiram entre os povos europeus (Cardoso: 12).
Os povos do litoral alimentavam-se, tradicionalmente, de peixe. Este acompanhava os produtos da terra. Era transportado por pessoas do povo, para as diversas freguesias do interior dentro de selhas, colocadas à cabeça pelos negociantes de peixe, para depois ser trocado por produtos hortícolas, batatas e semilhas (Cardoso: 13).
A carne de vaca era consumida ao domingo e em dias festivos. As carnes de criação doméstica eram as mais utilizadas. A espetada tradicional em pau de louro, hoje prato típico, era comer habitual dos romeiros. A carne de carneiro era comum na mesa conventual e senhorial (Cardoso: 13).
A doçaria popular ou de tabuleiro baseia-se nos doces de pirolitos, beijinhos, paciências, sessões, suspiros, bonecas de massa (não comestíveis) e rebuçados de funcho (Cardoso: 13).
A abundância de cereais como o trigo, o centeio, o milho e a cevada contribuiu para o elevado consumo de pão e para a produção de doces (Cardoso: 13).
É também importante referir a cozinha regional no século