diversos
A imprensa mundial, por todos os meios de comunicação, divulga a extraordinária descoberta da FAO confirmando o que a humanidade e todas as demais formas de vida praticam há milhões de anos: a rigorosa interdependência de todos os seres vivos. Para sobreviver, se reproduzir e fazer parte da grandiosidade do universo, submetidos às leis biológicas, genéticas e físicas da natureza, os seres vivos dependem uns dos outros. A matéria viva de uns alimenta a matéria viva de outros complementada com a matéria inanimada dos minerais.O intercâmbio alimentar dos seres vivos, independentemente de seu tamanho, espécie ou categoria, se faz de diversas formas de modo a assegurar a sobrevivência e a reprodução equilibrada da extensa biodiversidade existente no ar, na terra e na água.
O trabalho incessante da sobrevivência e da reprodução das espécies não se faz sem uma conhecida e contrastante dose de crueldade inerente aos seres vivos e orquestrada pela natureza das coisas.Essa dose de crueldade é uma expressão necessária do código das leis naturais para garantir a vida no planeta. A aranha, fiadora incansável de sua teia, espera com paciência sádica, a morte da mosca que se enredou desprevenida. As térmitas se colam na língua do tamanduá sem perceber a escuridão do túnel. O leopardo espreita de longe e marca o filhote do cervo que se atrasa do rebanho, lhe dá o prazer da caça e da carne tenra. O ser humano, consciente de seus atos, domestica aves, ovelhas, cabras, vacas e porcos, estabelece todos os passos para multiplicá-los, tem com eles cuidados maternais e farmacêuticos, assegura-lhes comida farta e não titubeia matá-los e devorá-los. O verde e viçoso pé de alface é decepado pelo jardineiro, ou bicado pelos pássaros, ou levado pelas formigas cortadeiras.E, assim, vivem os tubarões e as baleias engolindo milhares de sardinhas desatentas. E as ostras, e as tartarugas, e os caracóis, e os mexilhões, e as minhocas têm o mesmo destino final depois de