Evasão na Educação de Jovens e Adultos
MOBRAL que, de certa forma, continua tratando os adultos como crianças, sem uma metodologia apropriada para esse educando.
Foi possível observar que, em quase todos os momentos da história da educação de adultos no Brasil, a metodologia não era relevante, por isso alfabetizava-se com materiais didáticos infantilizados. Infelizmente, ainda hoje, é possível observar isso nas salas de aula da
EJA.
Nessa pesquisa, também foi possível observar quem é o adulto que hoje volta à escola e, mais uma vez, pode-se perceber que a metodologia utilizada não é a adequada a esse aluno, mesmo sabendo que a aprendizagem do adulto é diferente da aprendizagem da criança. Ao pensar em EJA deveria-se, considerar as diferenças de cada educando e seus conhecimentos adquiridos ao longo da vida, para que haja realmente uma aprendizagem significativa e não apenas uma memorização de fatos ou outros dados que são ensinados pelo educador.
O analfabeto aprende criticamente a necessidade de aprender a ler e escrever.
Prepara-se para ser o agente desta aprendizagem. E consegue fazê-lo na medida em que a alfabetização é mais que simples domínio mecânico de técnicas para escrever e ler. Com efeito, ela é o domínio dessas técnicas em termos conscientes. É entender o que se lê e escrever o que se entende. É comunicar-se graficamente. É uma incorporação. Implica não em uma memorização mecânica das sentenças, das palavras, das sílabas, desvinculadas de um universo existencial... (FREIRE, 1983, p.71)
Se o adulto está de volta à escola, é porque realmente está