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3 A PRÁTICA PROFISSIONAL NA CONTEMPORANEIDADE

Norteados pela legislação especifica constituída para o exercício profissional, os assistentes sociais na atualidade sentem-se pressionados pelos desafios e limites impostos pela sociedade do consumo, reprodutora dos modos de dominação capitalista. Á medida que se agrava a concentração de renda e a exploração da força de trabalho, a liberdade e a justiça sociais são limitadas pela estruturação da sociedade capitalista que se direciona aos interesses de um projeto societário individualista e excludente.
Nesta dinâmica de correlação de forças, novas exigências são impostas ao exercício profissional, como o enfrentamento do crescente desemprego, a execução de políticas públicas focalizadas de enfrentamento da pobreza, os programas de qualidade total dentro das empresas, sua inserção em áreas relativamente novas como penitenciárias e na educação, bem como exercer sua efetiva articulação em entidades representativas como a ABEPSS, CFESS e CRESS.
Atrelados ao aparelho estatal, os profissionais de serviço social exercem o papel de mediação entre as instituições e os indivíduos assistidos por elas, sendo limitados pelas normas e restrições de atuação impostas pelas instituições, fazendo com que estes profissionais ao invés de resolver as seqüelas da questão social, somente as administrem de acordo com os objetivos e os limites impostos por tais instituições. Quanto mais a sociedade gera desigualdades e carências, mais o assistente social se faz necessário para realizar essa intermediação, e é exatamente neste ponto que as diretrizes expostas pelo código de ética entram em conflito com a prática profissional.
Ao adequar-se ao sistema institucional no qual encontra-se inserido seguindo normas e preceitos, o profissional de serviço social não estará cumprindo com a sua obrigação precípua de compromisso com a classe subalterna, realizando somente atividades burocratizadas pelo interesse do capital. Vicente de Paula Faleiros