Diversos
Há duas definições para texto: uma em um sentido amplo e outra em sentido restrito. Em sentido amplo, tudo que comunica algo é texto, assim, todas as produções, nas mais diversas linguagens, são texto. Essa concepção converge com a ideia de “leitura do mundo” proposta por Paulo Freire. Em um sentido restrito, considera-se texto somente o texto verbal, aquele que “é um conjunto coeso e coerente de frases”.
Assim, um texto é uma sequência organizada de frases relacionadas num todo, não se pode isolar uma frase de um texto e conferir-lhe qualquer significado, pois um enunciado deve estar sempre inserido num contexto comunicacional. Para entender qualquer parte de um texto, é necessário confrontá-la com as demais partes que o compõem para não lhe atribuir um significado diferente que ela realmente tem. Enfim, para fazer uma boa leitura, deve-se sempre considerar o contexto em que o fragmento lido está inserido.1 Isso significa que todo texto contém um pronunciamento dentro de um debate de escala mais ampla. Nenhum texto é uma peça isolada, nem a manifestação de quem o produziu. Um texto, além disso, sempre é produzido para marcar uma posição ou participar de um debate mais amplo que está sendo travado na sociedade.2 Sempre há um emissor que emite uma mensagem a um destinatário com a intenção de se fazer ouvir. Para que a intenção se realize, é necessário que os enunciados emitidos sejam compreensíveis e adequados aos destinatários. Dessa forma, a seqüência organizada dos elementos lingüísticos passa a ser a condição para a existência de um texto. Isto é, é necessário que haja relações específicas entre as frases para que elas constituam um todo coerente.
Assim, a coerência passa a ser condição indispensável para que um enunciado passe a ser um texto, é ela que garante o seu sentido. E a coerência revela-se através das condições de encadeamento das frases, por outro lado, a falta de coerência também pode ocorrer pela