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Por: Dr. Oswaldo Alves Bastos Neto
No início da década de 1980, a Comissão Médica da Federação Francesa de Espeleologia participou da investigação de alguns óbitos que ocorreram em situações peculiares. Na ocasião das investigações a causa das mortes foi definida como decorrente da exaustão hipotérmica.
Em 1983 uma nova hipótese surgiu como origem dos óbitos relatados: Síndrome da Suspensão Inerte. No ano seguinte teve lugar o primeiro teste controlado para verificar tal hipótese. Os dois primeiros sujeitos do teste desfaleceram e apresentaram problemas potencialmente sérios, incluindo anormalidade da pressão arterial e anormalidades de ritmo cardíaco, esta surgindo de forma abrupta em um período de 2 a 12 minutos e sem comemorativos. Pelo resultado inicial destes testes, o experimento foi abortado, sendo considerado arriscado. Por outro lado verificou-se que pessoas sadias, quando suspensas inertes em cintos de segurança, podiam apresentar um quadro clínico característico, de rápida evolução e que caso não fosse tratado devidamente poderia levar ao óbito, independente de outras causas. O tratamento desta anormalidade, aventado nesta ocasião, seria a retirada da vítima da suspensão. Posteriormente o experimento foi retomado sob condições de controle mais rigorosas. Procedeu-se o controle de pulso, pressão arterial, eletrocardiograma, eletroencefalograma e vários controles sangüíneos. Equipamentos de reanimação foram colocados a disposição da equipe de teste.
Mesmo com todo este aparato, existia a possibilidade da retirada rápida da "vítima" de sua condição de suspensão. O resultado destes testes corroboraram os achados do primeiro. O controle de pulso excluiu a hipótese de compressão arterial por compressão pelo cinto.
O mecanismo fisiopatológico foi descrito inicialmente como uma anormalidade do sistema cárdio - circulatório ocasionando uma diminuição na pressão arterial no sistema nervoso central, podendo ocasionar o