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O transporte de cargas feito no Brasil pela navegação de cabotagem, apesar de suas vantagens, representa apenas 13,6% do total.
O Brasil tem cerca de oito mil quilômetros de costa e mais de 40 mil quilômetros de vias potencialmente navegáveis.
Mesmo assim, o transporte aquaviário de cargas corresponde a 13,6% de toda a carga que é transportada no Brasil, segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT). Enquanto isso, as cargas transportadas pelas estradas brasileiras chegam a 61,1% do total.
O transporte de cargas feito dentro do país pelo meio aquático, chamado de navegação de cabotagem, é subutilizado no Brasil.
Na avaliação da superintendente de navegação marítima da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq), Ana Maria Canellas. "Hoje ainda se tem conhecimento de caminhões saindo do sul para o norte do país, levando cargas, o que poderia ser feito pela navegação de cabotagem", diz.
O custo mais baixo, a segurança e a integridade da carga são as principais vantagens da navegação de cabotagem, o transporte marítimo em contêineres de aço, que são verdadeiros cofres de carga, é sempre mais seguro do que o transporte rodoviário. Segundo a Secretaria Especial de Portos, o custo do frete na navegação de cabotagem é cerca de 10% menor do que no transporte rodoviário.
Em termos ambientais, o transporte marítimo é mais interessante para o país do que o transporte rodoviário, pois tem menor consumo de combustível e menor poluição, além do desafogamento das estradas e da diminuição da necessidade de investimentos na conservação e na construção de novas rodovias. Apesar das vantagens, as empresas brasileiras ainda estruturaram a sua logística interna apoiadas, principalmente, nas estradas. "A transferência do modal rodoviário para o modal marítimo é um processo de conquista ano a ano", avalia.
Dados da Pesquisa Aquaviária da CNT, realizada em 2005, mostram que os principais produtos