diversos
Antologia de poemas da língua portuguesa do século XX entre 1910 e 1950
AUTORES MODERNISTAS FERNANDO PESSOA, MÁRIO DE ANDRADE, MANUEL BANDEIRA, CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, CECÍLIA MEIRELES
Como é a linguagem literária da modernidade? A linguagem de hoje procura usar palavras simples e objetivas, de forma que até as pessoas menos estudadas compreendam o conteúdo.
Antigamente a linguagem era mais rebuscada e regrada; hoje em dia, a linguagem está mais livre e "solta".
A linguagem da modernidade tanto na estética quanto na vida social apresenta um anticonvencionalismo temático, e inovação dos conteúdos que encontra correspondência também nesta linguagem.
Além das inovações técnicas, a linguagem torna-se coloquial e espontânea, mesclando expressões da língua culta com termos populares, o estilo elevado com o estilo vulgar.
Há uma forte aproximação com a fala, isto é, com a oralidade, e geralmente desejam denunciar a realidade como ela é, nua e crua. Assim, liberto da escrita nobre, o artista volta-se para uma forma prosaica de dizer, feita de palavras simples e que, inclusive, admite erros gramaticais.
Fernando Pessoa;
A pálida luz da manhã de Inverno
A pálida luz da manhã de inverno,
O cais e a razão
Não dão mais esperança, nem menos esperança sequer,
Ao meu coração.
O que tem que ser
Será, quer eu queira que seja ou que não.
No rumor do cais, no bulício do rio
Na rua a acordar
Não há mais sossego, nem menos sossego sequer,
Para o meu esperar.
O que tem que não ser
Algures será, se o pensei; tudo mais é sonho .
Nesse poema podemos perceber que não foi seguida nenhuma regra de escrita e que também não há rimas.
Fernando Pessoa - Biografia
Fernando Antônio Nogueira Pessoa, nasce em 13 de junho de 1888 na cidade de Lisboa, Portugal, vindo a falecer em 30 de novembro de 1935, com apenas 47 anos de vida. Sua vida e obra foram marcados por ligações com as chamadas