Diversos
A validade de um argumento formal depende unicamente da sua forma lógica. No capítulo anterior ocupámonos de argumentos deste tipo. A validade de um argumento informal, pelo contrário, não depende apenas da sua forma lógica. Nesta secção vamos examinar alguns géneros de argumentos informais.
1.1. Indução: generalizações e previsões
Entre os argumentos indutivos, podemos distinguir as generalizações das previsões. (Em 2.1.1, aliás, foram já apresentados exemplos destes argumentos: o argumento 3 é uma generalização e o argumento 4 é uma previsão.) • Uma generalização indutiva é um argumento com uma conclusão geral extraída de casos particulares .
• Uma previsão indutiva também parte de casos particulares, mas a conclusão inferida é a de que algo ocorrerá no futuro.
Para ilustrar esta diferença, consideremos dois argumentos muito simples:
1. Cada um dos cisnes observados até agora é branco.
Logo, todos os cisnes são brancos.
2. Cada um dos cisnes observados até agora é branco.
Logo, o próximo cisne que observarmos será branco.
A premissa partilhada por estes argumentos diz respeito àquilo que se observou em diversos casos particulares, que constituem uma amostra. Em ambos os casos, a conclusão ultrapassa a informação contida nas premissas. No argumento 1, a generalização, conclui-se que todos os cisnes, e não só os que já foram observados, são brancos. No argumento 2, a previsão, conclui-se que o próximo cisne que será observado, à semelhança dos que já foram observados, será branco.
Os argumentos deste género não são dedutivamente válidos, mas podem ser indutivamente válidos. Sê-lo-ão se as suas premissas, caso sejam verdadeiras, constituírem uma razão para acreditarmos que é muito provável que a conclusão seja verdadeira. Ora, como podemos saber se uma generalização ou uma previsão é indutivamente válida? Não é pela forma destes argumentos que conseguimos determinar em que medida as premissas confirmam a