Diversos

Apologia de Sócrates por Platão

Indubitavelmente uma obra-prima da literatura Grega, nos relata a defesa de Sócrates perante o Tribunal democrático ateniense, no qual fora acusado de corromper os jovens e não considerar como deuses os deuses que a cidade considera, porém outras divindades novas. Perante o Tribunal Sócrates brilhantemente realiza sua defesa, primeiramente daqueles que o acusam há tempos, segundo daqueles que por último o acusaram. Diz serem inverídicas tais acusações e que estas surgiram do fato de um dia ter ido ao oráculo e perguntado quem era o homem mais sábio, e esta respondera que era Sócrates. Ficara indagando qual seria o significado de tal resposta e para consegui-la fora buscar a resposta, primeiro indagou os políticos, depois aos poetas trágicos e por último os artífices. Interrogando um político, percebeu que sua sabedoria era aparente, os que se consideravam mais sábios que os outros, mas não o era. “Daí, conclusão de que sabia mais do que este, ao afirmar que não acredito saber aquilo que não sei”. Ao indagar os poetas percebeu que o que dizem não é por sabedoria, mas puramente por inclinação, e intuição, e que não sabiam nada daquilo que escrevem, e, pior que se consideravam sapientíssimos ainda em outras coisas, nas quais não o eram. Refletindo sobre isso, superavo-os em sabedoria. Os últimos, os artífices os acharam instruídos em muitas e belas coisas, porém, tinham os mesmos defeitos dos poetas, pois pelo fato de exercitar bem a própria arte, cada um pretendia ser sapientíssimo também nas outras coisas de maior importância. Daí surgiu, as calúnias e inimizades, e lhe fora atribuído a qualidade de sábio. Para Sócrates o que o deus no oráculo quis realmente dizer e utilizou-se de seu nome foi “aqueles dentre vós, ó homem, são sapientíssimos os que, como Sócrates, tenham reconhecido que em realidade não tem nenhum mérito à sabedoria”. A verdadeira sabedoria de Sócrates