Diversos
Xambá
A Nação Xambá é uma religião afro-brasileira ativa em Olinda, Pernambuco. Alguns autores, como Olga Caciatore[1] e Reginaldo Prandi,[2] afirmam que este culto está praticamente extinto no país.
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História
No início da década de 1920, a perseguição política de que eram vítimas as religiões afro-brasileiras no país, levou o babalorixá Artur Rosendo Pereira, a fugir deMaceió, capital do estado de Alagoas, vindo a estabelecer-se por volta de 1923 na rua da Regeneração, no bairro de Água Fria, na cidade do Recife, emPernambuco.[3]
Antes desse episódio, ainda vivendo em Maceió, Rosendo havia viajado até à costa da África, onde permaneceu por quatro anos com "Tio Antônio", que trabalhava no mercado de Dakar, no Senegal, vendendo panelas, conforme narra René Ribeiro.
Rosendo iniciou muitos filhos de santo, tendo muitos deles aberto terreiro. Entre estes destacou-se Maria das Dores da Silva - "Maria Oyá" - iniciada em 1928. A saída de iyawó de Maria Oyá foi realizada sem o toque dos tambores e cantada em voz baixa ainda devido à perseguição, que entretanto persistia. Pouco depois da iniciação de Maria Oyá, Rosendo voltou para Maceió.
Em 1930, Maria Oyá inaugurou o próprio terreiro, à rua da Mangueira, no bairro de Campo Grande no Recife. Com a conclusão de sua iniciação (13 de dezembro de1932), recebeu no barracão as folhas, a faca e a espada das mãos de seu babalorixá, que realizou ao meio dia o ritual de coroação de Oyá no trono.
Em 1932 Maria Oyá tirou o seu primeiro barco de três iyawôs. No mesmo ano, iniciou o seu segundo barco de iyawôs, maior, e iniciando nomeadamente Donatila Paraíso do Nascimento ("Mãe Tila") que, em 1933, assumiu o cargo de Mãe Pequena do terreiro Santa Bárbara. Donatila veio a falecer em 2003 aos 92 anos de idade, tendo passado seis décadas de sua vida no cargo. Uma outra filha ilustre foi Lídia Alves da Silva ("Talabi").
A sucessão