Diversos
Introdução
Neste trabalho, propomo-nos analisar o valor comunicativo da Comunicação Não-Verbal e o forte impacto da linguagem corporal na interacção social através da análise da acção do filme Equilibrium de Kurt Wimmer.
“To deny our own impulses is to deny the very thing that makes us human”
(The Matrix)
Comunicação não verbal é sentir em código
Coloquemos a questão: será possível uma sociedade sem emoções, uma sociedade que não sinta? Obviamente que não. Sentir faz parte da natureza do homem, o nosso sistema nervoso a isso obriga: os sentimentos e as emoções pertencem ao ser humano e constituem a sua própria essência. Também relacionada com a nossa natureza emocional está a capacidade humana de criar. O Homem é um ser repleto de criatividade e também seria difícil anular esta condição.
Alteremos então a questão: e viver numa sociedade que não possa sentir em que a nossa vida dependa de escondermos essa habilidade dos outros? Neste caso, a missão tornar-se-ia mais difícil.
A pergunta refere que viveríamos em sociedade. Nesse caso continuaríamos a comunicar. Como defendem os teóricos de Palo Alto: “Todo o comportamento é comunicação. O Homem, pelo simples facto de viver em sociedade e estar em contacto com os outros, está desde logo a comunicar”.
Teríamos então de comunicar sem sentir, sem revelar o nosso estado emocional. O que não parece muito difícil de dissimular. Mas será mesmo assim?
Certos aspectos desta sociedade surgem como óbvios e não seriam difíceis de dissimular ou detectar. A linguagem verbal na sua forma escrita limitar-se-ia a textos de carácter referencial e toda a literatura e outros textos, com marca emotiva ou poética, obliterada e censurada.
No que toca à linguagem verbal na sua forma oral poderíamos controlar com relativa facilidade o impacto verbal da comunicação e o conteúdo real das palavras.