Diversidade
Imprima
Explorar a diversidade, priorizando gêneros literários e opinativos
Por ter maior familiaridade no trabalho com a leitura, o docente da área tem de abrir caminho para os colegas e abordar os gêneros de que as outras disciplinas não tratam
Sérgio Miranda
|< < Página de > >| Quando se fala em leitura, cobra-se do professor de Língua Portuguesa uma postura parecida ao do malabarista que faz girar vários pratos ao mesmo tempo e não pode deixar nenhum cair. De relatórios científicos a romances, de biografias a relatos de viagem, espera-se que ele aborde todos os gêneros e ainda que capacite os alunos para desenvolver o hábito da leitura por prazer, para estudar e se informar. Quando um desses "pratos" se quebra, todos os dedos apontam para você, o docente da disciplina. Mas será possível - e necessário - dar conta de tanta coisa? Vamos por partes. É verdade que quem leciona Língua Portuguesa deve levar a turma a refletir sobre a maior multiplicidade de textos possível, assim como facilitar o contato com diversos tipos de leitura. Mas os colegas de equipe e o time de gestores podem ajudar muito a manter a "louça" girando - como você já deve ter percebido, essa é a tônica deste especial. Sem esquecer a função fundamental que você, pela familiaridade com o tema, pode desempenhar para articular as atividades de leitura em todas as disciplinas (leia mais no artigo), vale dedicar atenção aos gêneros que, em geral, são menos abordados em outras áreas, como os da esfera literária e os de opinião (leia o quadro abaixo). É esse o espírito desta reportagem, centrada na discussão de cinco tipos de texto específicos: do lado dos literários, a poesia (leia o infográfico abaixo), a crônica e o conto. E, no campo dos opinativos, a ênfase costuma recair em artigos e editoriais.
O que se diz e como se diz
Na EM Heinz Hering, a 8ª série interpreta poemas analisando forma e conteúdo