Diversidade

Fiquei enternecido, saudoso e viajei junto com o autor, quando no início do texto ele nos leva até sua cidade pequena, seus costumes e o cotidiano vivido por ele. Vivi quase a minha vida toda numa cidade não tão pequena, de tamanho médio, mas lembrei-me vivamente de como era a vida em meu bairro. Talvez, nem tanto o tamanho da cidade seja preponderante, mas, como ele próprio cita em outro trecho, a globalização e o grande desenvolvimento das TICs (Tecnologia da Informação e Comunicação) alteraram nossa situação local e nosso dia a dia pacato. Eu, como ele, gostava das mesmas brincadeiras, conhecia os vizinhos do bairro, recebia valores da família, igreja, escola, comunidade. Sentia segurança e conforto, pois éramos semelhantes, as palavras, significavam sempre as mesmas coisas para todos; expressões, ideias eram quase homogêneas, com chances remotas de mal entendidos. Pouca coisa mudava. A vida era fácil, passava lenta, sem sobressaltos, como um rio de planície, largo, caudaloso, lânguido. Quando um mundo novo de informações se desfraldou à nossa frente, trazendo novidades de toda espécie, em um ritmo alucinante, conhecemos junto à diversidade, de brincadeiras, religiões, costumes, de vida, etc. Hoje os sobressaltos são diários, nos chegam pelas ondas supersônicas; mas essa vida globalizada, moderna, aflita, trouxe avanços em muitas áreas, entre eles o nosso convívio com a diversidade, com o diferente, somos mais tridimensionais.
A escola neste contexto se apresenta como um centro de disseminação de valores, e está cada vez mais isolada neste papel. Entretanto, ela é o ambiente, meio que reúne as melhores condições para moldar cidadãos conscientes das diferenças e peculiaridades que cada um de nós possui. Nelas encontram-se “pessoinhas” em formação, passíveis de formação ampla e tolerante, inclusiva, conhecedores dos novos modos de vida, das novas maneiras de se portar. Os educadores, indispensáveis neste processo, devem mobilizar-se no sentido de mostrar,