Diversidade
De acordo com um estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), o mercado mundial de bebidas consome 218 bilhões de latas por ano, sendo que 170 bilhões são de alumínio e 48 bilhões, de aço. No Brasil, 100% das latinhas consumidas no Sul e no Sudeste são de alumínio.
Por razões comerciais, o Nordeste caminha na contramão mundial, ainda utilizando amplamente o aço. “A presença do aço é forte no Nordeste por conta da fábrica Metalic, da Companhia Siderúrgica Nacional, a única que faz latas de aço no Brasil. Como financeiramente não compensa transportar latas por grandes distâncias, a empresa atinge os principais mercados do Nordeste mas não consegue chegar às outras regiões”, explica o presidente da Associação Brasileira de Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas), Renault Castro.
Em comparação às latas de aço, as embalagens de alumínio são mais leves e têm maior velocidade de refrigeração do conteúdo, o que é fundamental na economia de energia elétrica. Além disso, as vantagens na escolha pelo aço são também ambientais. O alumínio pode ser reciclado infinitamente e o tempo que leva para uma latinha velha voltar para a cadeia produtiva é de, no máximo, 40 dias. Para as latas feitas de aço, o tempo é de três meses e o reaproveitamento do material é finito.
A demora para voltar às prateleiras dos supermercados é decorrente também do preço do aço no mercado da reciclagem. Para os catadores, não é vantagem apanhar as latinhas de aço,