DIVERSIDADE DE COMUNIDADES VEGETAIS: CAMPO E MEDIDAS DE DIVERSIDADE
Quantificar e comparar padrões de diversidade de espécies é uma atividade básica dos ecologistas de comunidades (GOTELLI, 2009, p.229). Contudo, a diversidade biológica não é mais só preocupação de ecólogos e ativistas ambientais, tornando-se assunto de debate público. Como assegurado por Magurran (2011), muitas pessoas não pertencentes a comunidade científica têm consciência da contínua perda que a biodiversidade está sofrendo, apesar de nem sempre ter conhecimento da grandeza de tal fato.
Esse crescente interesse em biodiversidade levou ao desenvolvimento de importantes técnicas de sua mensuração, sendo que uma das mais duradouras é o Índice de Shannon-Wiener. Este é fundamentado na ideia de que a medição da diversidade em um sistema natural é semelhante a informação contida em um código ou mensagem, considerando que indivíduos são aleatoriamente amostrados de uma comunidade infinitamente grande e que todas as espécies são representadas na amostra (MAGURRAN, 2011, p.117).
Para o levantamento de dados é enfatizado o componente de riqueza da diversidade, caracterizado como o número de espécies, o qual, de acordo com Colin (2006), depende do número de amostras que são colhidas ou do volume (tamanho) do habitat que está sendo explorado. Portanto, segundo o autor supracitado, os índices de diversidade são utilizados para combinar riqueza em espécies e a uniformidade ou equidade na distribuição dos indivíduos entre essas espécies.
Assim, o presente estudo visa a compreensão de tais conceitos numa amostragem prática em 3 transectos em diferentes situações, considerando-se em uma delas as espécies arbóreas, em uma as arbustivas e na outra as herbáceas, aplicando-se o Índice de Shannon-Wiener para expressar o nível de diversidade da