Diversidade cultural
No âmbito social e educacional, a diversidade cultural diz respeito a uma coexistência de várias etnias e culturas dentrode uma mesma comunidade, sociedade ou país.
As sociedades multiculturais ocidentais foram constituídas especialmente a partir do fim da Idade Média com o tráficoda escravatura, mas também com os fluxos de comércio que levavam à deslocação de bens e pessoas. Mais tarde, aprocura de riqueza provocou os fenómenos de colonização, o que levou a que muitas pessoas procurassem, sobretudono chamado Novo Mundo do continente americano, novas oportunidades de trabalho. Mais tarde, a industrializaçãocriou a necessidade e a oportunidade da migração de muitos povos da África e da Ásia que procuravam trabalho emelhores condições de vida tanto no Novo Mundo como na Europa. A concentração urbana de diferentes etnias nemsempre é pacífica, levando, a maior parte das vezes, a diferentes intensidades de intolerância, racismo, violência eexclusão.
Nos países do Terceiro Mundo, as sociedades multiculturais são resultado, sobretudo, da formação "artificial" de novospaíses que correspondem ao território das antigas colónias europeias e que praticamente foram obrigados a umaconvivência forçada de etnias e culturas muito diferentes, e tradicionalmente independentes, originando uma grandeinstabilidade política, económica e social. Também nestas sociedades se assiste a níveis elevados de intolerância,racismo, violência e exclusão.
O tema da diversidade cultural é pertinente não só no âmbito das políticas sociais, mas também nas filosofias deeducação. Uma educação multicultural, multirracial ou multiétnica tem vindo a ser defendida, sobretudo nas sociedadesocidentais, para implementar uma evolução positiva da convivência entre as diferentes culturas, não de assimilação ousubjugação por parte das culturas minoritárias da cultura numérica e economicamente dominante, mas de respeitomútuo pela diferença e defesa da diversidade. Nesse sentido, quando se