Ditadura
Após muitos anos de ditadura militar no Brasil, marcados pela censura institucionalizada e pela forte repressão, tem-se início um processo de abertura política, trata-se de um processo longo e gradativo de diminuição do autoritarismo que se estendeu por toda uma década e culminou com a chamada nova republica, termo utilizado para designar os novos rumos da política nacional a partir de 1985. O processo de abertura política teve início no ano de 1974, coincidindo justamente com o término do período de grande crescimento econômico, ocorrido entre os anos de 1968 e 1973, que foi capaz de colocar o país entre as principais economias do mundo.
Quando o general Ernesto Geisel assumiu o cargo de presidente, a sociedade já estava descontente e a economia continuava vivendo momentos ruins. O presidente sabia que seria necessário fazer algo para reduzir a insatisfação da população, então apresenta alternativas de mudança do governo e da repressão. Seguindo o processo de abertura proposto por Geisel, já no ano de 1974 os militares concedem o direito da propaganda eleitoral gratuita tanto no rádio quanto na televisão. Assim, a oposição começa a ganhar espaço. Nas eleições seguintes, estaduais e municipais, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição dentro do sistema bipartidário corrente na ditadura, sai vitorioso. Sem alternativas, os militares foram obrigados a revogar os Atos Institucionais, colocando um fim na censura prévia de publicações e espetáculos. O espaço para a oposição cresceu e a abertura política se intensificou. Na eleição seguinte, João Batista Figueiredo assume como presidente, no dia 15 de março de 1979, e promete tornar o Brasil um país democrático. Mas a ala mais radical dos militares continuava insatisfeita com o processo de abertura política e passam então a promover uma série de atentados entre janeiro e agosto de 1980, explodindo bombas por todo o país.
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