Ditadura
Os governos militares latino-americanos mantinham entre si uma poderosa rede de comunicação, onde os contatos eram tecidos com o objetivo de expurgar todo tipo de oposição. É justamente nesses termos que podemos localizar a criação da Operação Condor, uma aliança instituída por tais regimes com a intenção de perseguir esquerdistas, antipatriotas e subversivos nos países do Cone Sul, independente da nacionalidade do “criminoso”.
Contra esses “inimigos da ordem”, as ditaduras se utilizavam de tantos outros expedientes. A repressão fora instituída nas suas mais diversas facetas, sendo a censura aos meios de imprensa oficializada e a tortura legitimada juridicamente. Exílios, prisões e desaparecimentos de perseguidos políticos também se fizeram cotidianos em países como Chile, Uruguai, Argentina, Bolívia e Brasil.
1954-1990: Ciclos Militares
Ver artigo principal: Golpe de Estado, Intervencionismo
Durante a Guerra Fria, o anticomunismo dos EUA fez-se sentir na região. De 1946 a 1984, os Estados Unidos mantiveram no Panamá a Escola das Américas. A finalidade deste órgão era formar lideranças militares pró-EUA. Vários futuros ditadores latino-americanos foram alunos desta instituição, entre eles o ditador do Panamá Manuel Noriega, e Leopoldo Galtieri, líder da Junta Militar da Argentina. A partir de 1954, os serviços de inteligência norte-americanos participaram de golpes de estado contra governos latino-americanos.1 2 Após a Revolução cubana, o receio de que o comunismo se espalhasse pelas Américas cresceu muito. Governos simpáticos ao comunismo ou democraticamente eleitos, mas contrários aos interesses políticos e econômicos dos EUA foram removidos do poder.
Em 1961, o presidente Kennedy criou a Aliança para o Progresso, para abrandar as tensões sociais e auxiliar no desenvolvimento econômico das nações latino-americanas. Este programa ofereceu ajuda técnica e econômica a vários países. Com isto, pretendia-se afastar a