Ditadura

1.0 CONTEXTUALIZAÇÃO DA POLITICA NACIONAL DE ASSISTENCIA SOCIAL NO BRASIL
1.1 RESGATE HISTORICO DA PNAS
Com o alvorecer da década de 1980, o cenário nacional apresentava o fim de um grande processo de opressão e violência marcado pela Ditadura Militar, que tendo início na década de 1960 se estendeu por longos 21 anos, trazendo para os brasileiros que sobreviveram àquela época, uma forte política repressiva, aliada a uma grande expansão dos programas sociais que tinha como principal objetivo cessar qualquer forma oposição à ideologia pregada naquele momento, e favorecer o crescimento do capitalismo.
Esse momento resultou em um espaço para atuação do profissional de Serviço Social, que passou a ser solicitado para lidar com essa demanda.

A instituição do Serviço Social, sendo ela própria polarizada por interesses de classes contrapostas, participa também do processo social, reproduzindo e reforçando as contradições básicas que conformam a sociedade do capital, ao mesmo tempo e pelas mesmas atividades em que é mobilizada para reforçar as condições de dominação, como dois pólos inseparáveis de uma mesma unidade. (IAMAMOTO, 1998, p. 94).

O referido momento histórico teve seu fim junto ao processo de redemocratização do país, que representava o clamor de todo um povo cansado de ser negligenciado e necessitando de direitos que acolhessem todas as suas necessidades.
Assim, na década de 1980 a sociedade brasileira foi chamada a intervir no processo constituinte, onde várias Organizações, Entidades e Movimentos Sociais buscaram defender seus interesses, recolhendo da própria população opiniões, idéias e assinaturas, garantindo assim, um processo transparente e ligado aos interesses dos mais necessitados.
Esse processo culminou com a promulgação da Nova Constituição, conhecida como Constituição Cidadã, devido aos amplos direitos então conquistados, em Outubro de 1988. Diante desse marco histórico, o estado passou a ser reconhecido como provedor de todos os