Ditadura à democracia
Alunas: Mara Raquel De Almeida Batista
4º Info B
João Câmara/RN
2014
O legado da ditadura
Censura, tortura e repressão são fortes características presentes nas memórias da maioria dos cidadãos brasileiros que viveram durante a ditadura civil-militar (1964-1985), um regime que mudou completamente a vida dessas pessoas. A doutora Jane Dutra Sayd relatou como guardou as lembranças dessa época, hoje com 64 anos, médica e professora adjunta aposentada do Instituto de Medicina Social da Uerj e membro da organização de base Palmiro Togliatti do Partido Comunista Brasileiro 1970- 80. A carioca relata como nos seus primeiros anos de adolescência viu seu mundo virar de cabeça para baixo com tudo relacionado a conhecimento sendo tirado dela e durante todos os anos desse regime sofreu sem os direitos civis plenos que como mulher, profissional e mãe lhe era devido.
Em seu depoimento conta que aos 14 anos, no dia do seu aniversário, deparou-se com várias metralhadoras ao quintal de sua casa, fato que segundo ela era devido as movimentações para a iniciação do golpe que destituiria o então presidente Jango. Se iniciava ali as cenas e memórias de terror que se repetiriam para aquela menina por mais 21 anos. "A veia totalitária do regime entrava pela nossa goela, cotidianamente. No cinismo que fez propaganda de crescimento econômico em meio a desabastecimento, miséria e fome; no arrocho salarial; na carência de livros editados; na censura moralista e estreita a filmes de sucesso internacional, como o Último tango em Paris. Nas filas para matricular crianças na escola pública, na procura por feijão...” declara a doutora à referir-se como via o regime. Desde a educação, saúde, ciências, cultura e economia foram totalmente concentrados nas mãos do regime que fizeram com que avanços sociais fossem retrocedidos no país, relata a aposentada, que também cita como perda para o país e como esperança pessoal dela o