Ditadura Militar
Várias foram as pessoas que, por motivos pessoais ou ideológicos, encararam a repressão e enfrentaram o Regime militar. Por meio de panfletagem, pichações, organização de passeatas, greves, comícios, propagandas ou mesmo através da luta armada, diversos setores da sociedade manifestaram sua opinião e tentaram derrubar este governo. Dentre estes, podemos dar um papel destacado aos jovens do período, que conseguiram se organizar e combater aberta e fortemente a Ditadura Militar, de seu começo até o fim.
Diversas foram as maneiras usadas pelos jovens para marcar sua oposição ao regime. A UNE (União Nacional dos Estudantes), representante dos estudantes no Brasil inteiro, foi uma das grandes organizadoras destes movimentos de rebeldia – e por isto mesmo, teve seus líderes duramente caçados. Devido a seus atos de contestação, a UNE foi permanentemente um alvo do governo militar e dos setores de direita. Já em 1964, apenas alguns dias após o novo regime assumir, a UNE teve sua sede incendiada, numa tentativa de intimidar os seus líderes e fazer a organização interromper sua luta política.
Esta ação não teve, entretanto, o efeito desejado. Foi aprovada então, em outubro deste mesmo ano, a Lei Suplicy de Lacerda que extinguiu a UNE e submeteu todas as instâncias de representação estudantil ao MEC. Mesmo na ilegalidade, a UNE continuou a existir e a combater o regime militar. Assembléias, passeatas e greves são comuns nos período que se estende de 1965 a 1985.