ditado ao adulto texto
Bateu com a pá em sua cabeça e viu o corpo caído ainda quente no meio das rosas. Para não causar suspeitas, enterrou-o no mesmo lugar onde havia morrido. Porém, debaixo da terra, Arlindo continuava respirando. Arlindo e Maria Aparecida eram casados há mais de 30 anos, e eram conhecidos por toda cidade de Piraporinha. Depois que se aposentaram, Arlindo começou a cultivar flores e cuidava delas o dia inteiro. A mulher fazia de tudo para seu marido voltar para ela, mas ele já estava dominado pela magia das rosas. Passaram-se alguns dias do perturbador acontecimento e a solitária assassina encontrou uma rosa no local em que estava enterrado Arlindo. Manhã após manhã, Maria percebia que a flor aumentava, crescendo absurdamente. Estranhando isso, tentou podá-la, mas no dia seguinte notou que a planta estava maior ainda. Do outro lado de seu suspeito jardim, os vizinhos já conseguiam ver a grande roseira por cima da cerca. Mas as coisas estavam prestes a mudar. Num dia comum, quando Maria limpava a casa, um velho colega do desaparecido bate na porta: -Maria? Arlindo? A desesperada mulher empalideceu. Seu suor gelado escorria pela face branca. Mexeu devagar e trêmula na maçaneta. -Onde está Arlindo? Não o vejo faz dias. Com muito nervosismo: -Ele foi... tá dormindo- gaguejou. Desconfiado, o homem foi perguntar aos amigos se eles sabiam o que estava acontecendo. Eles não tinham ideia de nada, porém também haviam estranhado a monstruosidade da roseira. Ao longo dos dias, as pessoas bairro passaram a perguntar a respeito da rosa e de Arlindo, e Maria ia ficando cada vez mais desesperada. Com tantos boatos, pessoas começam a aparecer na cidade: investigadores, biólogos, jornalistas. Mesmo Arlindo estanto inconsciente, seu coração ainda batia debaixo das milagrosas raízes que o mantinham vivo. As pessoas de Piraporinha se sentiam atraídas pela rosa. Mais do que isso, pareciam possuídas. A soberana flor facinava de tal modo os vizinhos com