Distúrbios alimentares
Disfunção alimentar, ou transtorno alimentar (TA), é um termo amplo usado para designar qualquer padrão de comportamentos alimentares que causam severo prejuízo à saúde de um indivíduo. São considerados como patologias e descritos detalhadamente pelo CID 10, DSM IV e pela OMS. Geralmente apresentam as suas primeiras manifestações na infância e na adolescência. O diagnóstico precoce e uma abordagem terapêutica adequada dos transtornos alimentares são fundamentais para o manejo clínico e o prognóstico destas condições.
Aproximadamente 90% dos casos são de mulheres jovens, porém recentemente está havendo um aumento no número de transtornos em homens e em adultos de ambos os sexos. Esses transtornos atingem entre 1 e 4% da população e seguem aumentando de frequência significativamente nos últimos anos.
Assim como todos outros transtornos, envolve múltiplos fatores. Dentre os fatores responsáveis, destacam-se. * Histórico de transtorno alimentar na familiar * Histórico de transtornos de humor na família (como depressão ou transtorno bipolar) * Famílias autoritárias (anorexia) ou negligentes (bulimia) * Contexto sociocultural caracterizado pela extrema valorização do corpo magro * Disfunções no metabolismo da serotonina e noradrenalina * Experiência sexual traumática * Certos traços de personalidade (Baixa auto-estima, Introversão, Perfeccionismo (Anorexia), Impulsividade (Bulimia), Instabilidade afetiva, evitativo, ansioso (TCAP)...) * Fazer alguma dieta
É frequente a comorbidade de transtornos alimentares (TAs) com transtornos de humor, transtornos de ansiedade e dependência química. Sendo assim esses transtornos são considerados fatores de risco para anorexia, bulimia, hipergafia e vigorexia. Transtornos psiquiátricos de membros da família de primeiro grau (geralmente a figura materna) estão entre os principais fatores correlacionados com os TAs. Parentes de primeiro grau de pessoas com