Discurso de Putin em Yalta
Em vez disso Putin delineou mais uma vez as posições de Moscou: não vale a pena falar com a Rússia recorrendo à força – isso só resultará em prejuízo próprio.
Putin suaviza o tom, mas mantém a firmeza, é como o norte-americano The Wall Street Journal comenta a intervenção do presidente russo em Yalta. O presidente da Rússia falou, nomeadamente, da intenção de defender os interesses nacionais do país, sem com isso romper as relações com o Ocidente.
O jornal cita a opinião de analistas, segundo os quais os novos comentários de Putin e o envio para a Ucrânia de um comboio humanitário russo parece ser uma tentativa de demonstrar uma posição mais tranquila do Kremlin, vários dias depois das sanções de resposta de Moscou contra os países ocidentais.
Vladimir Putin não excluiu no seu discurso a possibilidade de a Rússia abandonar uma série de tratados internacionais se isso for exigido pelos interesses do país. Temos de referir que isso não será de todo o primeiro caso de denúncia de tratados na história. Para os EUA, por exemplo, isso é uma prática comum. Moscou tem todo o direito de recusar participar em alguns acordos, diz o professor de direito internacional do Instituto Estatal de relações Internacionais de Moscou Dmitri Labin:
“A prioridade para qualquer chefe de Estado é a defesa dos interesses do seu país. Os países soberanos podem denunciar livremente ou abandonar unilateralmente a participação em tratados internacionais. Ou seja, se trata de dar neste caso prioridade precisamente à defesa dos interesses nacionais do país. Eu penso que, tendo em conta a situação que se está criando no mundo, essa é a decisão correta”.
Vladimir Putin também não excluiu a possibilidade de saída da