Discriminação
Uma pesquisa mostrou que 4 em cada 10 pessoas nos Estados Unidos admitem ter pelo menos um pouco de preconceito contra mulçumanos. O dobro se comparado com outras religiões.
O Jornal Nacional exibe a terceira reportagem da série sobre os dez anos dos atentados de 11 de setembro. A correspondente Elaine Bast mostra o impacto dos ataques na comunidade muçulmana nos Estados Unidos.
Centenas de fiéis se acomodam para rezar em uma mesquita que fica em Nova York. É tanta gente que não cabe dentro da sala, nem nos corredores. Alguns fiéis têm que fazer as orações na rua.
As estimativas do número de mulçumanos que vivem nos Estados Unidos variam entre 2,5 milhões e 6 milhões, segundo o Conselho de Relações Árabes-Americanas. Uma população que cresce dividida entre a tradição e os valores ocidentais e que, desde o 11 de setembro, sofre as consequências de atos terroristas realizados por radicais que dizem agir em defesa do Islã.
Desde que extremistas islâmicos realizaram os ataques de 11 de setembro, a vida de toda essa comunidade mudou. No ano anterior aos atentados, o Departamento de Justiça americano tinha registrado 28 casos de crime de ódio, com ataques violentos contra mulçumanos.
Em 2001, foram 481. De lá pra cá, o número de ataques tem caído: ?????em 2009, foram apenas 107. Mas o preconceito ainda é grande, diz a diretora da Associação Árabe-Americana de Nova York, Linda Sarsour: “Desde 11 de setembro, as pessoas nos vêem com suspeita, como se fôssemos terroristas. Esse é tipo de percepção que se tem da comunidade árabe”, explica.
O Instituto Gallup ouviu muçulmanos americanos, em uma pesquisa feita em parceria com uma agência ligada ao governo de Abu Dhabi. No levantamento, divulgado no mês passado, 93% dos entrevistados consideram a comunidade leal ao país, 92% disseram que os muçulmanos que vivem nos Estados Unidos não têm simpatia pela rede terrorista al-Qaeda.
A grande maioria dos