Discente
Edição. São Paulo: 1995. Páginas: 50-58
A Agricultura sob o Capitalismo Monopolista
Para compreensão do comportamento do capital monopolista numa contextualização histórica o autor descreve uma situação conflitante na agricultura europeia, tendo início na
Inglaterra, onde no final do século XIX surge uma crise entre os proprietários fundiários que estipulavam valores altos para o arrendamento de terras e os capitalistas se deparavam com os preços internacionais não satisfatórios aos seus interesses comerciais.
Devido à necessidade de aumentar a produção agrícola para equilibrar a relação com os preços baixos do mercado, ocorre uma superprodução, que inversamente causa baixa geral de preços, ocasionando uma renda fundiária abaixo das expectativas, denominada pela expressão comércio de produtos primários contra comercio de produtos manufaturados.
Inglaterra reduz áreas de plantio, ao passo que do outro lado do oceano os Estados
Unidos aumentavam suas áreas cultivadas, neste contexto a Inglaterra chegou a importar oitenta por cento dos produtos alimentares consumidos no país, como consequência ocorreu uma queda nos produtos de origem agrícola e o aumento de produtos manufaturados.
Neste cenário o capitalismo monopolista se desenvolve tendo como ambiente encubatório a necessidade da Europa voltar a produzir mais, com o processo técnico em evolução a produção agrícola teve seu aumento, porem comparando com a produção industrial, os preços dos produtos agrícolas baixaram de forma histórica como segue até o princípio de século passado.
Este foi o novo processo em marcha no plano imperialista do capitalismo: a queda contínua e histórica dos preços das matérias primas, particularmente as de origem agrícola, e a subida contínua dos preços dos produtos manufaturados, criando um fosso quase intransponível entre os dois setores internacionalizados. (Oliveira,