Direito

632 palavras 3 páginas
Assim o fez o advogado Roger Baldwin, que apresentou o inventário da carga do navio que provava a origem dos prisioneiros como sendo de Serra Leoa, e adquiridos através do tráfico de escravos. Foi um passo importante mas não garantia liberdade aos prisioneiros, pois uma questão política insurgia e o receio de uma Guerra Civil estimulada pelo desenrolar do julgamento, fez com que o Poder Executivo designasse um novo juiz para dificultar a ação da defesa.
O advogado Baldwin precisava provar mais do que apenas a origem dos réus, mas também contar um pouco da história de vida de cada um, e por obra de uma sorte muito grande encontra um africano letrado em inglês disposto a ajudar. À partir desse momento os relatos de Cinqué mostram todo o caminho percorrido, a crueldade com que foram sequestrados e subjugados, o porão do Amistad e todas as intempéries até chegarem em terras americanas.
Diante da apresentação dos relatos de Cinqué o novo juíz decidiu em prol dos africanos, e assegurou o direito de retorno ao país de origem em um navio custeado pelo governo americano, algo inédito que teve repercussão internacional. Porém com a ameaça de Guerra Civil, a luta ainda não estava ganha, tendo ainda que passar pela Suprema Corte Americana que era constituída em sua maioria por sulistas proprietários de terras e de escravos. Baldwin então faz um apelo e passa a contar com a ajuda do ex-presidente americano John Quincy Adams.
Baseando seu discurso na Declaração da Independência dos Estados Unidos da América que assegurava igualdade e liberdade entre todos os homens, Adams com êxito, garantiu a liberdade dos réus, reconhecendo que eles haviam se rebelado contra aqueles que os privaram de uma condição natural de liberdade.
Dessa forma os negros finalmente conseguiram voltar para a África, porém nem todos, pois alguns foram torturados no Amistad, como ameaça a quem estivesse disposto a se rebelar. Cinqué por sua vez, mesmo retornando à sua pátria, jamais reencontrou sua

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