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Assim como a milenar terapia chinesa da acupuntura, Lerner prefere investir em intervenções pontuais na tessitura urbana para sanar a dor de forma instantânea, eficaz e funcional.
O livro Acupuntura Urbana surgiu da constatação de que muitas das transformações importantes na vida das cidades acontecem por uma ação específica, sem precisar interferir radicalmente no traçado e no planejamento, melhorando a cidade sem a necessidade de grandiosas intervenções.
’As mudanças têm de ser rápidas. Inovar é começar’, diz.
A idéia lançada pelo livro se resume ao mote de que "qualquer cidade no mundo (inclusive Bento Gonçalves!!!) pode apresentar melhorias significativas em menos de dois anos. Não importa a escala, nem a dificuldade de recursos, é possível se montar uma boa equação de co-responsabilidade", afirma o arquiteto.
É um livro com "contos" sobre vários pontos que as cidades poderiam ser curadas, com uma "cutucada", igual a acupuntura. E o resultado dessa cura, seria uma cidade PARA as pessoas, propriamente dita, a cidade como ponto de encontro. A cidade onde se é possível ouvir seu barulho, não o barulho dos carros e das máquinas, mas o barulho das conversas, das músicas no comércio, os cheiros, as cores…
Segundo Lerner um dos pontos mais importantes é dar prioridade ao transporte coletivo, desafogando as ruas dos gigantescos congestionamentos, pois uma rua sem carros é muito mais bonita, e dá asas para a imaginação das pessoas...
"Acupuntura" em Bento
Em ’Acupuntura urbana’, Jaime Lerner mostra que o planejamento é um projeto, que por melhor que seja não consegue gerar transformações imediatas. Quase sempre é uma centelha que inicia uma ação e a subsequente propagação desta ação.
Será que Bento Gonçalves não pode iniciar um processo de cura através da ’acupuntura