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INTERDISCIPLINARIDADE: UMA CONCEPÇÃO EMERGENTE NO ENSINO SUPERIOR DO DIREITO

O texto dos autores Everkley Tavares e Gilvanet Bezerra analisa a possibilidade de o direito, no campo da pedagogia, enfatizar e desenvolver o diálogo produtivo com as outras disciplinas não jurídicas. A interdisciplinaridade assume uma abordagem estratégica epistemológica, colocando a serviço do aluno uma concepção crítica diante da multiplicidade da realidade e das constantes mudanças às quais a própria ciência não consegue explicar, tornando seus entendimentos ultrapassados diante dos novos desafios e problemas atuais de um mundo plural. Assim introduzem os autores acima: “O mundo evidenciou-se plural, tornou-se transmutante e cada vez mais incerto. Daí que nos sentimos incapazes de reconhecer, tratar e pensar a complexidade dos fenômenos que tecem essas realidades. Isso se torna latente para os diferentes ramos da Ciência, sobretudo, pela certeza mais evidente de que vivemos num mundo de incerteza”.
Os cursos de direito apresentam-se hoje, na maioria das instituições de ensino superior, uma grade curricular fechada em suas próprias disciplinas jurídicas, sendo estudado o seu objeto nas especificidades que determina cada uma delas, enquadradas dentro de uma realidade teórica, subordinada a uma verdade objetiva e sistematizada.
O que se observa no exercício da atividade jurídica é a existência de muitos profissionais com conhecimento fragmentado do direito, destinados para as especialidades, desvinculados de uma realidade social, atuando restritamente em determinada área, sem uma contribuição significativa e de maneira mais ampla para a justiça, desvirtuando do perfil que se espera de um operador do direito. Diante disso, há que se repensar no ensino do direito, buscando diretrizes mais abrangentes ao conhecimento do profissional, alterando o currículo das universidades adotando metodologias que se adequam no processo de ensino-aprendizagem.
Para tanto, a