Direito
Antigamente
Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio. Carlos Drummond de Andrade
O contato com o fragmento exposto, percebemos que nele existem certas expressões que já se encontram em desuso, tais como: Mademoiselles, prendadas, janotas, pé-de-alferes, balaio.
Caso fôssemos adequá-las ao vocabulário atual, como ficaria?
Restringindo-se a uma linguagem mais coloquial, os termos em destaque seriam substituídos por “mina”, “gatinha”, “maravilhosas”, “saradas”, “da hora”, “Os manos”, “A galera,” “Davam uma cantada”, e assim por diante.
Vejamos também a seguir um exemplo típico de variação regional, nas palavras do poeta Oswald de Andrade:
Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Estamos inseridos em um sociedade dinâmica, a qual se transforma com o passar do tempo e acaba transformando o modo pelo qual as pessoas estabelecem seus relacionamentos interpessoais. Um bom exemplo de tais mudanças é a linguagem dos internautas, que em meio a tantas abreviações e neologismos termina por criar um universo específico, no qual somente os interlocutores são capazes de decifrar o vocabulário por eles utilizado.
Partindo dessa prerrogativa, ocupemo-nos em discorrer acerca dos tipos de variações que as línguas apresentam, os quais dependem de fatores específicos, tais como condição social, faixa etária, diferenças existentes entre uma região e outra, enfim...
Assim sendo, constatemos algumas elucidações e casos