direito custumeiro

INTRODUÇÃO

O presente trabalho, reflecte sobre o casamento tradicional na Cultura Nyaheka Humbi. Como é óbvio, o grupo etnolinguístico Nhaneka Khumbi encontra-se no espaço Este do curso médio do rio Cunene, com maior incidência na Provincia da Huíla. O grupo comporta vários sub-gupos entre eles os Mumwila, os Mungambwe, os Oxilenge Muso, os Ovaxilenge, os Ovahanda, os Ovaximpungu, os Ovandonguena, os Ovakwankwa e Ovakhumbi.
Os subgrupos acima referidos são formados por criadores e pastores de gado. Entre os khumbi é comum encontrarem-se alguns proprietários de grandes manadas. Paralelamente á pecuária os Nhaneka Khumbi praticam também a agricultura que constitui uma das principais actividades. O tipo de alimentação é baseado fundamentalmente no leite e farinha de vários cereais, como masango, masambala ou milho. O adorno do corpo, os diferentes penteados, o vestuário, as danças e os utensílios para o tratamento e transformação do leite, as cerimónias do “boi sagrado”, a dimensão do ohamba como entidade máxima da regência tradicional, são alguns dos aspectos peculiares da cultura Nyaneka Khumbi. Fizemos assim uma breve história -geografia daquilo que constitui a localização dos Nyaneka Khumbi, e, concretamente entraremos na lógica específica do nosso tema que é o casamento tradicional nesta cultura pois, sabemos que, o conceito de casamento tradicional tem levantado as mais apaixonadas, efusivas mas também as mais frutuosas discussões sociológicas, na medida em que o chamado tradicional é sempre relativo”outros”, ou a alteridade. Ao longo deste percurso, vamos o definir o casamento tradicional para depois compararmos com o casamento Positivo e também compararmos o casamento tradicional das outras culturas para tirarmos dali uma conclusão. Nos basearemos nas teorias de Carlos Esterman-Etnografia do Sudoeste de Angola, Pe. Raúl Ruiz de Asúa Altuna-Cultura Tradicional bantu, nos documentos de exposição temporária do Ministèrio da Cultura-museu nacional de