Direita x Esquerda
A auto identificação política do brasileiro demonstra-se ser eclética, os conservadores, da direita, somam praticamente metade da população, enquanto esquerda (30%) e meio (23%), unidos, formam a maioria. Mesmo considerando a variedade de perspectivas de afinidade partidária, nota-se na população uma regular presença perante tópicos que, de acordo com suas bases individuais, deveriam ser desiguais. Tendo sido abordado temas como a pena de morte, maioridade penal e o aborto, a maior diferença na opinião entre os membros da direita, esquerda e centro foi de 5% no primeiro comentado. Nota-se uma forte tendência a ideais conversadores, que em outrora reservados a direita, difundiram-se naqueles que supostamente rotulam-se como progressistas da esquerda.
A indústria da informação, sobretudo a impressa, está numa encruzilhada. Com a circulação estagnada, os jornais lutam para seduzir novos leitores. O público, porém, emite sinais de que considera o conteúdo dos jornais cada vez mais irrelevante. Na época em que o país estava submetido a três poderes efetivos – Exército, Marinha e Aeronáutica – costumava-se atribuir à imprensa importância capital na cruzada da resistência. Ao ecoar as ruas na campanha das Diretas-já, os jornais ajudaram a empurrar a farda de volta para os quartéis.
Restabelecida a democracia, o Collorgate tonificou a musculatura dos meios de comunicação. Teve-se a impressão de que a imprensa exercia, de