Dioxinas, furanos e organoclorados
Encontramos no meio ambiente vários compostos orgânicos que são prejudiciais à natureza e com efeitos nocivos à saúde humana. Devido a sua importância global, as Nações Unidas elaborou um programa para o meio ambiente em 2001, a Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes (POPS) que é um tratado internacional.
A Convenção determina que em relação a 12 compostos orgânicos é preciso empreender ações de forma prioritárias, que incluem produtos químicos produzidos intencionalmente, tais como os Pesticidas Organoclorados, Dioxinas e Furanos (Mörner. J., R. Bos & M. Fredrix, 2002).
Os Pesticidas Organoclorados figuram entre os POPS em maior número e são compostos altamente impactantes a saúde humana e ao meio ambiente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define os pesticidas como toda substância que previne, repele ou mitiga organismos classificados como pestes, roedores, insetos entre outros. O termo pesticidas, engloba os fungicidas, inseticidas, herbicidas, acaricidas, bactericidas, nematicidas e raticidas (ALVES,2005).
Os Pesticidas Organoclorados surgiram no ano de 1874, com a criação do composto dicloro-difenil-tricloretano, mais conhecido como DDT. Este composto foi utilizado pelos soldados na II Guerra Mundial no controle a pragas causadas por mosquitos e sua descoberta rendeu a Paul Muller o Prêmio Nobel de Medicina de 1948, pelas vidas salvas com o uso do DDT (D’amato;Torres: MALM, 2001).
Dioxinas e Furanos são substâncias químicas que ocorrem acidentalmente em vários processos industriais, sempre que há emprego de cloro e calor. Suas principais fontes são equipamentos que queimam combustíveis contendo substâncias cloradas, sempre que ocorram condições próprias a sua formação.
Estes compostos orgânicos: Pesticidas Organoclorados, Dioxinas e Furanos, são resistentes à degradação química, biológica e fotolítica, afetam a saúde humana e os ecossistemas mesmo que em pequenas concentrações, além da biomagnificação na cadeia