Dioxina e hidrocarbonetos aromáticos policiclicos
Toxicologia é a ciência que estuda os efeitos nocivos decorrentes das interações de substâncias químicas com o organismo. Em alimentos, define os limites e condições de exposição seguras de sua ingestão que apresentam certo grau de contaminação.
Os contaminantes podem ser naturais (fazem parte da composição natural do alimento), diretos (se incorporam de forma natural ou artificial aos alimentos) e indiretos (substâncias que contaminam o organismo produtor).
Dioxinas e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos são substâncias que causam problemas adversos à saúde. Ambos são contaminantes diretos, que consistem nas substâncias que podem se tornar parte do alimento durante a produção, processamento e armazenamento devido a processos naturais (MARTINS & MÍDIO, 2000). 2- Dioxinas
Dioxina é o nome genérico dado as dibenzo-p-dioxinas policloradas, compostos químicos com dois anéis de carbono semelhantes ao do benzeno, ligados por dois átomos de oxigênio. São contaminantes ambientais onipresentes, com efeitos tóxicos sobre os seres vivos, inclusive o homem. Embora não sejam produzidos intencionalmente, são subprodutos de vários processos, como a queima de matéria orgânica na presença do cloro (incineração de lixo, por exemplo), a síntese de compostos organoclorados e branqueamento de papel com cloro (PAUMGARTTEN, 2006).
Existe na natureza uma grande diversidade de dioxinas. As dioxinas em questão possuem átomos de Cloro, que podem estar ligados em oito posições diferentes. Existem, ao todo, 75 dioxinas cloradas sendo que a mais tóxica é a 2,3,7,8-TCDD, com quatro átomos de cloro ligados nas posições 2, 3, 7 e 8. A sigla TCDD significa Tetra-Cloro-Dibenzo-Dioxina (LUFTECH, 2003).
Os furanos são moléculas semelhantes às dioxinas e se diferenciam por possuírem um oxigênio a menos, por isso sempre que se falar em dioxina, é feita uma relação com furanos. Ao todo existem 135 moléculas de furanos.
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A toxicidade das dioxinas não depende