Dinâmicas de grupos
Histórico
O conceito de dinâmica de grupo como o conhecemos hoje surgiu entre 1935 e 1955. Em Psicologia Social, o grupo é a instância que estabelece a ligação entre o individual e o coletivo. Neste âmbito, emerge como um conceito que vai além dos indivíduos que o compõem. Como elementos centrais da definição de um grupo, pode-se destacar a interdependência funcional entre os seus membros, a partilha de um objetivo comum e a existência de papéis e normas.
Kurt Lewin foi um dos teóricos mais influentes para o estudo dos grupos. Ele que instituiu o termo"Teoria de Campo", na qual entende que o ser humano age num mundo de forças (vetores) com cargas (valências) positivas ou negativas. A Teoria de Campo considera que não se pode compreender o comportamento do indivíduo sem se considerar os fatores externos e internos à pessoa, uma vez que estes interagem na determinação desse comportamento. Lewin foi ainda um dos criadores da Teoria da Dinâmica dos Grupos, que procura analisar, do ponto de vista interindividual, as estruturas do grupo, como o poder, a liderança e a comunicação.
Entretanto, foi com Augusto Comte, para quem a psicologia era uma ciência inútil, que surgiu no final do séc. XIX a denominação psicologia social (estuda a influência do grupo sobre o indivíduo). Comte acreditava que o homem é, a um tempo, conseqüência e causa da sociedade.
Principais teorias que desenvolveram o estudo da dinâmica de grupo:
1. Teoria de Campo – criada por Kurt Lewin, propõe que o comportamento é produto de um campo de determinantes independentes, conhecido como espaço de vida.
2. Teoria de Interação – desenvolvida por Bales, Homans e Whyte, concebe o grupo como um sistema se indivíduos que interagem entre si.
3. Teoria de Sistema – apresentada por Newcomb, Miller, Stogdill, o grupo como um sistema de interação, de comunicação, de encadeamento de posições e de papéis e, principalmente, de vários tipos de entrada (input) e saída (output)