Dinastia de Borgonha e Dinastia de Avis
Dois nobres franceses, Raimundo e Henrique de Borgonha receberam como recompensa de Afonso VI, rei de Leão, as mãos de suas filhas em casamento e uma porção de terra cada um. Henrique de Borgonha recebe a mão da princesa D. Teresa e o Condado Portucalense. É este território que dará origem a Portugal.
Porém, foi somente o filho de D. Henrique de Borgonha, Afonso Henriques que, no ano de 1139 tornou o território independente do reino de Leão, após a morte de seu avô e de uma disputa com sua própria mãe. O confronte com as tropas de Leão e Castela ocorreram onde hoje temos a cidade de Guimarães.
Durante a dinastia de Borgonha, Portugal deu continuidade ‘as guerras de Reconquista, ampliando seu território. A economia portuguesa, no final desta dinastia (séc. XIV), sofreu impulso com o surgimento de uma nova rota comercial que ligava as cidades italianas ‘a região da Flandres, fazendo escala em Lisboa. Isto, sem dúvida, fortaleceu o grupo mercantil português.
Esta situação explica porque quando ocorreu a Revolução de Avis (1383-1385), após a morte do último rei da dinastia de Borgonha, D. Fernando, formaram-se em Portugal dois grupos: um liderado pela burguesia portuguesa, que apoiava a ascensão do Mestre de Avis, filho bastardo do pai de D. Fernando de Borgonha, representante dos interesses desta contra a nobreza; e outro, liderado pela nobreza que apoiava a anexação de Portugal ao reino de Castela, pois a filha de D. Fernando era casada com o rei de Castela. Com a ascensão do Mestre de Avis, coroado como D. João I, temos o início da dinastia de Avis que marcou a vitória dos interesses