Dilemas da publicidade infantil: práticas éticas e responsáveis em comunicação e marketing[
Amanda SILVA[2]
Vitor MARTINS[3]
Luciana FISCHER[4]
Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, SP
RESUMO
A publicidade infantil tem encontrado novos panoramas através do questionamento em torno das regras de proteção da criança em seu ordenamento legal, se valendo de sua deficiência de julgamento. Para tanto, o presente artigo apresenta dados sobre o consumo da massa infantil brasileira, assim como as regulamentações na publicidade infantil pelo mundo, fazendo um comparativo com as já existentes no Brasil. O fator ético e a responsabilidade social mostram-se como premissas básicas para uma publicidade sadia, informativa e instrutiva para este público; fatores estes apontados através de cases que ilustram positiva e negativamente a publicidade infantil no cenário nacional.
PALAVRAS-CHAVE: comunicação; ética; marketing; publicidade infantil; responsabilidade social.
Introdução As manifestações públicas em relação às atitudes responsáveis das empresas perante a sociedade têm sido abordadas de forma incessante neste início de século XXI, proporcionando uma série de discussões envolvendo valores éticos individuais e coletivos. Umas das discussões mais acaloradas ocorrem em torno da publicidade infantil e sobre seu efeito em relação ao público infanto-juvenil. Segundo Salvi & Guerra (Internet, 2009), são duas correntes que tratam este tema, sendo uma de especialistas que soma educadores, pais, estudiosos, políticos e organizações não governamentais (ONGs) e outra composta por entidades de classe, como advogados e publicitários, onde o primeiro acusa a publicidade de estimular em excesso o desejo de consumo, e o segundo grupo considera ser esta, uma visão simplista de visualizar o excesso de consumo, assim como suas consequências. A atuação ética e responsável dos departamentos de comunicação e marketing das