Política econômica do segundo governo de vargas
Internamente, a conjuntura herdada foi de um processo inflacionário e desequilíbrio financeiro do setor público. Nesse sentido, foi elaborado um projeto de governo que se desenvolveria em duas fases: a primeira visava à estabilização econômica, cujo objetivo era equilibrar as finanças públicas para permitir que houvesse a adoção de uma política monetária restritiva (com o intuito de reduzir a inflação). E a segunda fase relacionava-se com os empreendimentos e realizações que foram desenvolvidos.
Após a crise de 29, o capital antes investido na agricultura, passou a ser direcionado para a indústria. Através do confisco cambial, o governo canalizou parte da renda das exportações de café para a industrialização.
Vargas sabia da importância do desenvolvimento industrial nacional. A partir daí, então, estabelece a substituição do modelo de importações. A dinâmica do processo de substituição de importações, normalmente se inicia com a produção de gêneros de primeira necessidade, e cuja demanda reprimida é suficientemente grande para atrair a atenção dos setores industriais. Outro fator é a exigência de investimento capital, assim certamente o industrial optará por produzir itens que exijam investimentos mais acessíveis em um primeiro momento, mas isso não é regra. No governo de Vargas, o processo de substituição de importações veio combinado com propagandas de cunho nacionalista e valorização da produção local, principalmente na área da indústria siderúrgica e incluiu produtos que era preciso parar de importar: ferro, carvão e petróleo.
Os empreendimentos desejados por Getúlio Vargas contaram com o apoio financeiro do Banco Mundial e do Export and Import Bank of United States (Eximbank) norte-americano e, já em dezembro de 1950, foi constituída a Comissão Mista Brasil-Estados Unidos (CMBEU). A CMBEU era fundamental para o sucesso das aspirações de desenvolvimento econômico do governo Vargas, pois asseguraria o