Difusão do abstracionismo

A difusão do abstracionismo

A arte abstrata ou abstracionismo (1910 – 1911) é um dos principais estilos artísticos ou movimentos da Arte Moderna, que surgiu simultaneamente na Alemanha e na Rússia.
Os historiadores atribuem as primeiras pesquisas não-figurativas e realizações abstratas na pintura moderna ao russo, de nacionalidade francesa, Wassily Kandinsky (1866-1944), que antes considerava-se figurativo de tendência fauvista. Em 1896 ele mudou-se para Munique (na Alemanha) para desenvolver estudos da teosofia (filosofia, religião e ciência) de Rudolfo Steiner.
A sinestesia entre a música, os sons e a pintura impregnou a arte de muitos pintores e escultores modernistas. Nas teorias de Kandinsky sobre a abstração das formas como expressão do espírito humano, o artista deveria criar formas autônomas que a liberaria da mera representação das formas da figuração. Dessa aspiração nasceu no pintor o desejo de dar ritmo a pintura, de construção matemática abstrata, de notas repetidas de cor, de colocar em movimento as cores, em síntese, de abstrair. No escultor nasceu o desejo de primar pelo volume e pela textura, explorando as possibilidades da tridimensionalidade do objeto. Para Kandinsky a realidade sensorial que transcende o mundo sensível além da compreensão racional era denominada de "alma".
Em 1910, Kandinsky fez a “Primeira Aquarela Abstrata” do modernismo e escreveu ao mesmo tempo os livros "Do espiritual na arte" e “o Almanaque do Cavaleiro Azul”, que serviram como defesa e difusão da arte abstrata. Dando continuidade ao abstracionismo, mais tarde ele assinou a série de pinturas espontâneas “Improvisações” (1909/1914). Kandinsky às vezes usava termos musicais para designar as pinturas, influenciado pela música do compositor Arnold Schönberg.
De maneira geral a difusão do abstracionismo coincidiu com as novas concepções energéticas da matéria. Sendo assim, o abstracionismo na pintura apenas antecipava os progressos atuais da ciência e da técnica no