Dificuldade de Aprendizagem
E Por Que Ocorre E A Colaboração Dos Testes
Psicológicos Em Seu Diagnóstico
Introdução
Fazendo uma rápida revisão histórica, notaremos que por um tempo excessivamente longo, crianças com dificuldade de aprendizagem foram encaminhadas a médicos, cujo diagnóstico isolado e ansiosamente aguardado pela família e pela escola iria confirmar ou negar a sua normalidade. Se algo fora da normalidade era detectado, certamente a criança era encaminhada para classes ou escolas especiais que ofereciam um ensino diferenciado. Surgiam os estigmas sob elas que passavam a fazer parte de um segmento social marginalizado, como seres incapazes de criar e produzir conhecimento.
Negavam-lhes as oportunidades de ampliação de suas potencialidades. Ainda hoje qualquer desvio do padrão de comportamento, principalmente na escola, a primeira hipótese de explicação ainda faz referência a um possível problema mental, como se fossem sujeitos dotados só de cabeça, sem corpo, emoção e sentimento, distante dos padrões de competência, vítima de um julgamento equivocado e parcial.
Há poucas décadas, esse procedimento modificou-se embalado pelos avanços das pesquisas neurológicas comprovando a plasticidade do cérebro que, mesmo lesado, tem condições de reconstituir-se e garantir seu funcionamento.
E a Psicologia vem dando uma contribuição significativa no sentido de colaborar para que a criança seja também considerada como dotada de sentimentos, que desde a vida intrauterina influenciam o seu comportamento. O mesmo procedimento vem tendo a Pedagogia, repensando a sua prática, investigando mais profundamente a relação ensino-aprendizagem.
No geral, as equipes multidisciplinares compostas por médicos, pedagogos, psicopedagogos, psicólogos, professores e demais profissionais envolvidos, cada vez mais colocam-se a serviço dos casos de problemas de aprendizagem, colaborando para que as crianças encaminhadas possam desfrutar plenamente de sua cidadania.
Mas