Diferença entre o Psicanalista e o Xamã no Corpo imaginário social
O mito social na cura xamântica o paciente recebe do exterior e que não corresponde a um estado pessoal antigo, e já na psicanálise é um mito individual que o paciente constrói com elementos tirados do passado. Em psicanálise, essa experiência vivida é chamada de ab-reação. Ela tem como condição a intervenção não provocada do analista, que surge nos conflitos do paciente pelo duplo mecanismo da transferência, como um protagonista, em relação ao qual o paciente pode remontar e explicitar uma situação inicial que permanecerá não formulada. Esses traços também se encontram na cura xamântica. Mas o xamã faz mais que o encantamento propriamente dito. Ele se encarna, como o psicanalista objeto de transferência, para tornar-se, graças às representações induzidas no espírito do paciente, o protagonista real do conflito que este experimenta a meio caminho entre o mundo orgânico e o mundo psíquico.
Essa comparação nos permitiu esclarecer que a única diferença entre os dois métodos diz respeito à origem do mito, num caso reencontrado, como um tesouro individual, e no outro recebido da tradição coletiva. A eficácia simbólica, leva-se em conta casos em que a pessoa, que irá se submeter ao trabalho do xamã, tem de tal importância neste processo a crença ou seja não apenas ela, mas toda a sociedade que esta inserido.
UNIVAG- CENTRO UNIVERSITÁRIO
3º SEMESTRE DO CURSO DE PSICOLOGIA
CORPO E IMAGINÁRIO
RAFAEL
JOYCE CARDOSO